Um dos grandes problemas enfrentados pela sociedade brasileira é que os animes e mangas são taxados como coisa de criança, vendo por um lado a própria sociedade e muitas vezes próprio “Otaku” contribui com essa imagem. Fato é que a TV brasileira, com exceção de alguns canais fechados, se foca em exibir títulos infantis devido ao seu alto poder de consumo, e assim temos uma leva de animes de conteúdo pobre que vidra os olhos das crianças, claro que temos exceções de exibição de títulos como Akira, mas convenhamos que são fatos bem isolados. Felizmente por iniciativa do canal Amiax, antigamente chamada de Locomotion, houve uma maior exibição de títulos mais adultos e com enredos mais ricos de conteúdo, fato que ajudou um pouco a fama dos Animes.
Mas não quem como negar que, há uma grande produção de bons títulos no mercado japonês, em especial as longas metragens produzidos pelo Estúdio Ghibli, que fazem e fizeram fama no mundo inteiro por serem trabalhados com grande requinte, com seus clássicos de animação como Totari no Totoro (Meus visinho Tototo, que virou o logo da empresa), Mononoke Hime (Princesa Mononoke), e mesmo animações mais recentes como O Castelo Animado ou mesmo A Viagem de Chihiro, que ganhou o Urso de Ouro no festival de Berlim em 2002, e o Oscar de melhor Animação em 2003, alem de Gake no eu no Ponyo, seu título mais recente.
Fato é que temos grandes títulos de animação japonesa de grande qualidade, e temos ainda, títulos que possuem um conteúdo social e mesmo cultural. Temos como exemplo o Manga Hikaru no Go, atualmente sendo lançado pela editora JBC no Brasil, que praticamente reviveu o jogo de tabuleiro milenar de I-Go, fazendo milhares de jovens japoneses começarem a jogar, o que alegrou e muito os vovôs japoneses que se sentiram orgulhosos e maravilhados pelo repentino interesse dos jovens no jogo de tabuleiro. Ou mesmo títulos em Mangas e Animes que são baseados em consagradas obras da literatura como Juuni Kokki (Twelve Kingdoms), e Vagabond, baseado no famoso Musashi, que é o livro que conta a historia de Miyamoto Musashi o famoso Samurai japonês que é livro de cabeceira de muitos japoneses e empresários, e que após o Manga de Takehiko Inoue, incentivou a leitura da obra original em muitos jovens japoneses e do mundo.
Mas uma prova que tal visão possa estar mudando, são as iniciativas de editoras como JBC, Conrad e Panini, que cresceram e muito no Brasil, trazendo cada vez mais títulos de qualidade para as nossas bancas.
Basicamente basta um pouco de senso critico para filtrar o que tem qualidade para podermos ter Animes Escrevere Mangas de alta conteúdo, e graças ao advento da internete podemos ter tal privilegio já que nosso mercado nacional ainda é muito precário nessa ramo, mas bem ainda temos até 2012 para tentar resolver esse impasse, rsrs.
- by Ichi
Twelve Kingdoms


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1 comentários:
Muito bacana o post!
Este post me fez lembrar da época em que eu lia Hikaru no Go e sonhava com o dia que iria poder jogar o jogo de fato (rsrs). É impressionante como um mangá, quando tem conteúdo, consegue fazer um país inteiro se mobilizar em torno de uma característica sócio-cultural.
Eu gostaria algum dia de ver o Brasil incentivando a cultura. Literaturas como A Moreninha, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, e outros diversos dariam ótimos mangás e colocariam diversas classes, que fogem dos livros, no caminho da leitura. Mas, como mencionado no início do Post, enquanto o Brasil considerar os quadrinhos em geral coisa de criança, nossas crianças continuarão abominando os livros do jeito que já o fazem. É uma triste realidade.
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